Em 20 de julho de 1934, a morte de Padre Cícero Romão Batista provocou a comoção popular na região sul do Ceará. 90 anos depois, a figura de um dos principais líderes religiosos permanece na memória e devoção dos fiéis.
"Ele era padrinho da minha mãe e meu também. Meu ‘padim’ só dava bom conselho, ajudava os pobres, fazia muito benefício, muita caridade. Padre Cícero era caridoso, mas Deus levou ele", relembra a aposentada Maria Sulina Reinaldo, ainda lúcida aos 114 anos, segurando um terço nas mãos, tal como o sacerdote lhe ensinou.
Moradora da zona rural do Crato, no sul do Ceará, a aposentada que conheceu Padre Cícero recorda que a notícia do falecimento dele se espalhou rapidamente, reunindo uma multidão cheia de incertezaa sobre como seria a vida partir dali. "Quando ele morreu, ficamos imaginando como ia ficar esse lugar", recorda dona Sulina.
Renato Casimiro, pesquisador dedicado à história do Padre Cícero e das romarias, compartilha curiosidades sobre os eventos após a morte do líder religioso, como um caixão com dimensões impovisadas e a comoção que se seguiu ao incidente com o braço do sacerdote, que acabou virando para fora quando mexeram no caixão.
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