O dia será de atenção para a proposta do governo de novo marco fiscal. O mercado deve se debruçar sobre os detalhes do arcabouço a partir da apresentação pública prometida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ainda na manhã de hoje.
Quase que ao mesmo tempo, o presidente do Banco Central, Roberto Campo Neto, apresenta o Relatório Trimestral de Inflação, naquela que será sua primeira aparição pública desde o anúncio do Copom (Comitê de Política Monetária) de manutenção da taxa Selic em 13,75%, na quarta-feira passada.
Ontem os juros futuros subiram durante a tarde, em um movimento que parecia ser uma antecipação do arcabouço fiscal. Durante o dia, algumas linhas gerais da proposta foram sendo repassadas para imprensa de forma não-oficial. De acordo com o levantamento de O Antagonista, a ideia do governo é zerar o déficit primário no ano que vem e trabalhar de forma superavitária a partir de então, inclusive com metas para o resultado.
Para colocar as contas de volta no azul, o governo teria estabelecido um limite para o incremento de despesas que não ultrapasse 70% do crescimento das receitas. Além disso, o plano conta com medidas anticíclicas que permitiriam gastos mais elevados em anos de crise que seriam compensados nos anos seguintes com restrições maiores.
No mercado internacional, o bom humor dos investidores continua com o distensão da crise bancária. Bolsas na Europa operavam em alta nesta manhã, com o EuroStoxx 600 com ganhos de 1,11% às 8h da manhã. Futuros de Wall Street também indicam uma sessão de ganhos para a renda variável.
No campo das commodities, o minério de ferro registra mais um dia no positivo (+2,04%) na primeira parte da sessão em Singapura, cotado acima de US$ 125/tonelada. O petróleo tipo Brent também começa o dia em alta (+0,77%), a US$ 78,88/barril.
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